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sábado, 5 de maio de 2018

Yoga para um Corpo e Mente Sã

Yoga não é só uma atividade física, mas sim mental e espiritual também. Ela é originária da Índia antiga e seu objetivo é alcançar uma paz, uma tranquilidade advinda da introspecção do espírito.
Seus benefícios são diversos, mas há também certas limitações que eu devo ressaltar aqui. A prática dessa atividade não deve ser esporádica e sim regular, os métodos para praticá-la precisam ser adequados, assim como a orientação recebida. Então, a procura por bons profissionais é imprescindível para que o sucesso seja alcançado.
Suas contribuições são surpreendentes, se praticada apenas por dez minutos por dia, de forma correta, numa frequência mínima de três vezes por semana. Os benefícios serão ainda maiores se a carga horária for aumentada podendo chegar a sessões de uma hora.
A prática da yoga colabora no tratamento da diabetes, alivia as dores nas costas e traz melhoria cardiovascular, além de ajudar a perda de peso. Ela também contribui para nossa concentração e consequentemente para nossa memória. Além disso, a paz interior que alcançamos com essa prática faz com que os nossos relacionamentos melhorem muito, assim como o estresse do dia a dia.
Você deve estar se perguntando por que ela alivia as dores. A resposta é a seguinte: isso ocorre devido a produção de endorfina, pois como qualquer outra prática física, a endorfina nos proporciona maior bem estar.
Importante salientar que não só nossa postura é aos poucos corrigida, mas também há uma melhoria considerável na flexibilidade de nossas articulações. Podem-se somar a isso, benefícios gastrointestinais, respiratórios e desaceleração da pulsação cardíaca.
Quanto aos benefícios bioquímicos tão importantes para todos nós, a yoga faz o nível de glicose e sódio do sangue cair, assim como o do colesterol ruim, com aumento do HDL, que é o colesterol bom. Faz subir também os níveis de hemoglobina, de vitamina C e serotonina.
Ela, além de nos dar destreza e coordenação nos movimentos, faz com que o nosso equilíbrio e percepção melhorem.
Não preciso nem dizer que, com todos esses benefícios, a depressão e a ansiedade são quase imperceptíveis. A auto aceitação é outro ponto importante, esta trará uma melhora emocional.
Além de todas essas vantagens, você ainda lucrará com uma maior quantidade de realizações espirituais, também proporcionadas por esta prática.

A Importância do Sol na Saúde

Nossa fonte de vida e luz é a estrela que fica mais próxima de nós e a que mais conhecemos, o sol. Seu ciclo é muito importante para o nosso planeta.
A presença dele na nossa vida é inquestionável, ele é aliado da nossa saúde. Os seus benefícios são maiores do que os riscos, pois ele nos fornece vitamina D, essencial para nossa vida, contribuindo para melhorar o reumatismo, nossa pressão, controla o colesterol, evita a osteoporose e protege contra o câncer de mama e próstata. Produz também, melatonina, ajudando no sono. 
O sol é o melhor remédio imunológico, para a cura da tuberculose. Ele também ativa a circulação, melhorando a defesa do organismo.
 A natureza nos traz muitos benefícios e na maioria das vezes não damos a importância merecida por recebermos de graça. Se acrescentarmos ao que ela nos fornece, vinte minutos por dia de exercícios físicos e uma boa alimentação, fica completo. 
Quando acordamos e o sol está brilhando, o dia fica mais alegre e as pessoas mais felizes. A luz solar nos ajuda também como antidepressivo.
 As crianças devem brincar ao ar livre, tomando sol para crescerem fortes e saudáveis, pois ele é importante, para a saúde física e mental.
Ele ativa a circulação sanguínea, ajudando o nosso metabolismo. Com a exposição aos seus raios, nós aproveitamos mais os nutrientes que ingerimos. Ajuda muito também, a combater a ansiedade.
Sua radiação é UVA que é maravilhosa, mas temos que tomar cuidado, pois apesar dele trazer mais benefícios do que malefícios, sempre devemos nos proteger.
O uso de uns bons óculos de sol, com filtro, é muito importante, pois protege os nossos olhos, contra os raios nocivos, ajudando também, a prevenir rugas perto dos olhos.
A exposição exagerada pode causar desidratação, insolação, ou mesmo o câncer de pele. Portanto devemos nos precaver, usando sempre filtro solar e tomando-o nos melhores horários, até as 10 da manhã ou no final da tarde. 
Já conhece Maxburn?
Se você se preocupa com sua saúde é provável que busque também entrar em forma de maneira benéfica e equilibrada. Provável também é que você já tenha ouvido falar de MaxBurn, um fitoterápico desenvolvido para ser seu aliado na luta contra a balança. Maxbrun foi proibido pela Anvisa, aconselho que utilize exercícios físicos e evite comprar este medicamento de forma irregular se você quer ficar magra para conquistar aquele gato, saiba mais aqui!! 


Vídeo criado por Criado e Crescer!

Pratique exercícios aeróbicos e perca peso

Segundo recentes pesquisas existe hoje no Brasil cerca de 17 milhões de obesos no Brasil, o que faz da atividade física aeróbica uma necessidade para boa saude e bem estar.
A atividade aerobica é uma das melhores formas atuais de se perder peso,claro que deve haver disciplina e tornar a pratica escolhida num hábito.
Durante muito tempo ,tive problemas de obesidade,estava fora do peso apesar de ser jovem, e foi quando tive conhecimento da atividade aeróbica chamada esta a e b.o, que nada mais é do que uma mistura de dança com artes márcias, apesar da minha desconfiança quanto aos resultados,me surpreendi pois alem de me divertir imitando os movimentos de lutas, tive a surpresa de em uma semana ter perdido mais de 4 quilos, e devo isso ao criador desta modalidade ,Billy Blanks.
Existem varias outras modalidades de exercícios aeróbicos,dependerá de você escolher qual lhe agrada mais ,porém o tae bo é uma das minhas favoritas.
É preciso entender que não existe magica no processo, motivação,persistência e garra são o combustível que farão de você atingir seu objetivo de perder peso com atividades aeróbicas, então é muito importante se escolher uma que você goste bastante.
Existe uma necessidade de se traçar uma meta , defina quanto você quer perder de peso, va a um medico primeiro ,tenha disciplina pois não vai adiantar nada você se matar de malhar e continuar tendo maus habitos alimentares.

Dentre os beneficios das atividades aerobicas posso citar :
 -Fortalecimento  do coração
- Controle do peso corporal
- melhora do perfil lipoprotéico
- Melhora a qualidade do sono,
- Melhora do humor
- Melhora da saúde mental geral
- Previne doenças como hipertensão, diabetes, lombalgia, acidentes vasculares cerebrais e obesidade;
- Melhora o sistema imunológico, tornando-nos mais resistentes as infecções comuns
- Aumenta a resistência à fadiga
- Aumenta o consumo de oxigénio e a resistência do organismo;
- Aumenta a sua auto-estima.

Pois bem acredite que você deva estar bem motivado,mas so motivação não basta,dê o primeiro passo va a um medico ,depois se inscreva em alguma academia.
Uma outra forma caso você não tenha condições financeira e comprar video aulas que foi o que eu fiz , eu tenho algumas video aulas e coloquei uma a venda se você se interessar não hesite em comprar principalmente a do billy blanks que foi o que mais me beneficiou-me , sua saude agradece, de uma olhada nos links abaixo.
Desejo que você pense a respeito e mude sua vida a partir de hoje e se quer usar isso para conquistar o homem de sua vida clique aqui!!


Vídeo criado por Exercício em Casa

PORQUE PSICANÁLISE?


“O que o paciente viveu sob a forma de transferência nunca mais esquecerá”. (Freud,1920)
 

Não se pode falar de Psicanálise sem mencionar o seu criador, Sigmund Freud. Médico neurologista, Freud nasceu em 1856 na Morávia, que na época pertencia à Áustria. Aos quatro anos foi para Viena onde viveu quase todo o resto de sua vida.  Judeu, como seus pais, foi essa a identidade cultural que vivenciou durante seus 83 anos. Trabalhando como residente no Hospital Geral de Viena teve sua atenção despertada para a Neurologia e a partir de seus mestres, iniciou seu percurso em direção à Psicanálise. Morou em Londres durante seu último ano de vida, aonde veio a falecer em 1939.
Ainda hoje, mais de cem anos depois e apesar de muitas contribuições, a Psicanálise continua viva em sua essência. Freud vive nas demandas do próprio sujeito, no seu sofrimento, nos seus medos, nas suas fantasias...
Quando as pessoas falam, “Freud explica”, entende-se que Freud deixou um legado para todas as classes sociais: sua teoria, sua técnica psicanalítica e ética profissional. Tudo isso é revivido em cada situação analítica, em cada paciente que é atendido e nos quais o psicanalista busca a causa de seu sofrimento, que sabe, é inconsciente. “Existo onde não penso” é o pensamento freudiano.
Há uma frase belíssima de Freud que resume o sujeito freudiano:
 “Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais; somos também, o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos,... "sem querer"”.
O diferencial da Psicanálise chama-se Inconsciente e é em busca dele que todo psicanalista caminha. Num lugar chamado setting ou enquadre e através de fenômenos como atos falhos, chistes, esquecimentos, sonhos e principalmente os sintomas, esse caminho vai se delineando.
No entanto, não é um caminho fácil de encontrar, uma vez que o analista luta todo o tempo com uma força contrária e de mesma intensidade daquela que ocasionou o esquecimento, o recalque de seu paciente. Os mecanismos, com os quais o paciente se defende da angústia causada pela repressão, são muitos e variam de acordo com sua estrutura neurótica. Lida-se todo o tempo com racionalizações, intelectualizações, negações, projeções, introjeções...Tudo para não deixar vir à tona o que está recalcado, reprimido e que causa angústia. Para a Psicanálise essa defesa tem o nome de resistência.
Queixas como transtornos de ansiedade, problemas de relacionamentos, fobias, compulsões, são algumas que aparecem no consultório e que a Psicanálise dá o nome de sintoma. O sintoma é a solução de compromisso assumida pelo sujeito, em nome de um desejo não satisfeito que há muito tempo foi recalcado e, portanto, esquecido.
A Psicanálise não visa tirar o sintoma do sujeito, como muitos poderiam imaginar. Ao contrário, o sintoma é um dos caminhos do inconsciente que seguimos para ajudá-lo a viver mais dignamente. Ajudá-lo a entender a si mesmo e ao mundo, enfrentando-o sem fantasias, com menos angústia, menos ansiedade e mais realidade; a sua realidade. Sem máscara, sem medo de encarar sua falta, sua fraqueza, sua impotência, tendo a oportunidade de fazer suas escolhas, sendo elas boas ou ruins, mas tendo a possibilidade de sustentá-las. Entendendo que ele não detém o poder, o controle sobre nada, nem mesmo sobre ele.
Através de um processo árduo de transferências, resistências, contratransferências, contra-resistências, insights, pontuações e interpretações, o analista faz o seu trabalho, criando um vínculo singular com cada paciente. É esse vínculo criado pela transferência que possibilita o trabalho de um analista.
Pela via da transferência, o paciente repete com o analista as relações objetais vivenciadas com suas figuras parentais ou quem esteve nesta função, às quais foram experienciadas numa idade bastante precoce. Revive todas as emoções, positivas e negativas. As experiências infantis continuam presentes no adulto, que vive e age de acordo com as regressões que caracterizam sua patologia psíquica.
Sentimentos de amor, ódio, ressentimentos, medos, ciúmes, inveja, rejeição são novamente experimentados, mas agora, finalmente simbolizados através da linguagem. Insights, lembranças e associações começam a ocorrer com as pontuações e interpretações do analista. Tudo que o analisando viveu e não foi entendido por ele, toma novo formato e outro ângulo de visão se faz presente.
Não pensem que é um trabalho fácil, mas ao contrário, muitos contratempos são esperados, espinhosos são os caminhos. Considerando-se que se trata de um processo de desconstrução e reconstrução psíquica do ser humano, estamos diante de um trabalho lento e por esta razão, sem um tempo determinado para o seu fim. O inconsciente é atemporal, infinito, inesgotável...
A Associação livre, único instrumento que o analista tem em suas mãos, regra fundamental da Psicanálise, permite que o paciente fale livremente. Mesmo aquilo que ele considera sem importância, irrelevante ou difícil de ser dito. Nos primeiros encontros entre duas pessoas tão diferentes e em posições tão assimétricas quanto a lugares, papéis, funções, tudo é explicado e acordado. Porém, existe em jogo um único desejo em busca de satisfação.
E da parte do analista? Do analista se exige ética profissional que se resume em neutralidade, abstinência, atenção flutuante e principalmente o amor à verdade, à honestidade, como o modelo clássico freudiano ou como pregam os psicanalistas contemporâneos, uma pessoa simples, disposta a escutar as inúmeras dimensões que envolvem a narrativa do paciente, formando com ele um par analítico tão necessário ao processo.
Para que esse vínculo ocorra é necessário que ele tenha feito o mesmo percurso de seu paciente, através de sua análise pessoal. Somente tendo passado pelo divã, entenderá a dor, o sofrimento, as alegrias e também as frustrações de seu analisando, isto é, os momentos pelos quais ele está passando durante o trabalho.
Sem esse conhecimento de si mesmo, ele poderá ouvir o outro, mas não poderá escutá-lo. Escutar nas entrelinhas, escutar aquilo que não é dito, o que o paciente não sabe que sabe, o seu saber inconsciente.
É condição necessária, senão imprescindível, que o analista tenha feito sua análise pessoal.  Somente mergulhando nas profundezas de sua vida e de suas emoções, se reconhecendo, poderá conhecer o outro, fazendo essa escuta de forma diferenciada. Não sabendo separar o que é seu do que é do outro, poderá se esbarrar numa contratransferência com seu paciente e a análise se transformará num impasse ou num conluio de pares ou ainda numa conversa de comadres, menos num trabalho de Psicanálise.
O psicanalista francês, Jacques Lacan (1953) fala em três momentos do processo psicanalítico: “instante de ver, tempo para compreender, momento de concluir”. Podemos daí entender que o tempo da subjetividade não é o mesmo tempo cronológico. Esse foi criado pelo homem, para melhor se organizar na dimensão econômica, política, enfim, grande parte de nossa vida está atravessada pela dimensão do tempo do relógio.
O tempo das emoções, das aprendizagens, das fantasias, dos sonhos, das vivências do sujeito não segue uma ordem cronológica; segue a ordem do inconsciente, onde não há dimensão de tempo; não há presente, passado ou futuro, uma vez que o inconsciente é atemporal. É um tempo que não passa e a prova disto é que, apesar de adultos, as lembranças da infância estão vivas na memória, com todas as marcas que deixaram. O passado pode ser revivido no presente e o futuro concebido em tais bases. O decorrer dos dias não elimina as vivências passadas, mantendo o passado no presente.
O tempo de ver é o tempo de tornar conscientes as vivências inconscientes, no entanto, ainda não há mudanças psíquicas, mas um passo estará sendo dado para o tempo de compreender, podendo parar por aí ou seguir em frente. A compreensão, gradativamente, levará ao caminho de concluir. Como um colar de pérolas, ao cair uma, cairá todas e o colar se reconstituirá num processo incessante de quedas e reconstruções, até sua montagem remodelada verdadeiramente.
Quem já viveu a Psicanálise sabe disso e nunca esquecerá este momento único em sua vida. O momento de investir em si mesmo, sair da fantasia, deixar de negar suas dores e enfrentá-las. A melhor forma de esquecer é lembrar, já dizia Freud; existe um sujeito antes e um sujeito depois da terapia psicanalítica.





Vídeo criado por Alexandre Simões

DITÚRBIOS PSICOMOTORES COMO SINTOMA DE TRANSTORNOS EMOCIONAIS




       As pesquisas da Psicanálise trouxeram a importância do fator emocional no desenvolvimento infantil e sua influencia no processo de aprendizagem; daí a pergunta que se faz necessária e merecedora de um estudo mais aprofundado: os distúrbios psicomotores não seriam sintomas de transtornos emocionais? A reeducação Psicomotora com instrumentos e técnicas seria capaz de retirar os sintomas de forma definitiva? Ou eles poderiam reaparecer com outra sintomatologia, ou ainda reforçados mais ainda, talvez até tornando-se crônicos? e quando essas crianças ficarem adultas e simplesmente passar pelo mesmo problemas após um fim de relacionamento e ficar procurando diferentes formas de "como fazer ele me procurar?"

      Le Boulch (1982) dá uma noção do perfil de uma criança com transtornos psicomotores ao afirmar que elas têm uma situação social medíocre, uma imaturidade afetiva que, às vezes, é a causa principal dos transtornos instrumentais, sendo estes apenas sintomas. Em relação à educação psicomotora, o educador afirma que se a personalidade da criança não estiver muito perturbada, a intervenção da técnica a nível instrumental dá resultados satisfatórios. O mais frequente é o sintoma ser expressão de uma perturbação mais profunda da personalidade e se o educador interessar-se apenas pela técnica, sem preocupar-se com a pessoa de forma global, muitas serão as conseqüências.
      Olhar a terapia psicomotora sob o viés psicanalítico seria ver os transtornos como significantes, ou seja, a representação simbólica de sua estrutura. Julian de Ajuriaguerra (apud LEVIN, 1995) muito bem define o outro ângulo da Terapia Psicomotora quando diz que não basta influir na posição, na habilidade e rapidez, na qualidade do movimento, mas principalmente na organização do sistema corporal modificando o corpo em seu conjunto, na maneira de sentir, de perceber e apreender as influências emocionais.
       A respeito do corpo Pierre Vayer descreve que: “[...] todas as experiências da criança (prazer, dor, sucesso, fracasso) são sempre vividas corporalmente [...]” (1984, p.30).O corpo precisa ser diferenciado do sujeito, ele tem que conquistar este corpo através de um trabalho árduo de descobertas e conquistas. O corpo é construído e constituído, simbolicamente, a partir de uma história com representações, nome, lugar, posição, que começa a se desenvolver independente da criança, já a partir do desejo de sua mãe em ter um filho. Está em sua origem e é este desejo que a humanifica.
      O sintoma, para a Psicanálise, se caracteriza por uma solução de compromisso que substitui um desejo que não pode ser realizado, causa um alívio, uma descarga afetiva contra uma angústia insuportável (FREUD, 1968). Deve-se pensar qual a representação que tem este sintoma para esta criança e sua família e qual o motivo inconsciente para a escolha deste sintoma.
       O tipo de sintoma escolhido pela criança, de forma inconsciente, se expressa no corpo, aparece, fica exposto a ser visto, tais como: desequilíbrio, tensão corporal, falta de coordenação, limitação de movimentos impedindo a criança de se expressar e se desenvolver. Há um obstáculo na construção deste corpo. O esquema corporal, o tônus muscular, a imagem do corpo se encontram perturbados ocasionando ao mesmo tempo confusões espaciais, de equilíbrio, de coordenação e de movimento (LEVIN, 1995).
       Outro fato a se observar é que este tipo de transtorno, diferente dos outros, ao estar no corpo, se torna visível, exposto ao olhar de todos, inclusive dos pais, tornando-se presença constante, preocupando os outros e a ela mesma. Simultaneamente, torna esta criança diferente das outras. Na escola, não é capaz de participar das brincadeiras corporais por não saber; encontra-se sempre relegada a um segundo plano, sendo também motivo de crítica dos colegas por não movimentar corretamente o corpo.
       Este diferencial da criança faz dela um dependente do adulto, geralmente a mãe que a controla e protege excessivamente desde a mais tenra idade, executando por ela as ações mais simples. Essa forma de a criança chamar a atenção dos pais relaciona-se com falhas na função materna e paterna. Não houve o processo de diferenciação, individuação, separação. O seu corpo continua sendo uma extensão do corpo de sua mãe como quando era bebê. Não teve a lei da interdição paterna, ficou presa ao outro; não tem a imagem una de seu corpo, mas de um corpo ligado à mãe e que dela necessita para ser olhado e cuidado.
       De forma inconsciente, pois o sintoma é inconsciente, ela separa-se, estabelece um corte aparente, falsa separação: o distúrbio psicomotor, uma defesa contra a angústia de separação. Mas continua a depender dos cuidados da mãe, ser olhado e visto por ela, mesmo sob pena de não ter sua imagem corporal, seu espaço, sua identidade e subjetividade. Segue sendo objeto do desejo de sua mãe deixando de caminhar em seu desenvolvimento e como sujeito de seu desejo (LEVIN, 1995).
       É o desejo que está oculto atrás do sintoma psicomotor e presente na estrutura do movimento que leva o sujeito ao gozo auto-erótico, impossibilitando seu crescimento, seu desenvolvimento manifestado sob a forma de instabilidade, debilidade ou inibição psicomotora. A queixa do transtorno não é da criança e sim do outro. Seu lugar é ser instável, sua instabilidade nem sempre é um problema, mas uma defesa. A criança portadora de um sintoma psicomotor não passou do Princípio do Prazer ao Princípio da Realidade.
       Duas diferenças chamam a atenção entre estes dois tipos de transtorno psicomotor. Na instabilidade a criança tenta agressivamente conquistar seu espaço, mesmo que seja de aparência, fazendo-se diferente em relação ao outro. Já o inibido tem movimentos limitados ou nulos, não está motivado a explorar o mundo, a se relacionar com outros, fica temeroso, inseguro, não consegue se separar. É sempre o “bonzinho” que não quer desagradar os pais para não ser desaprovado e não perder seu lugar de objeto, um lugar que ele conhece e não gera angústia.
       A outra diferença diz respeito ao olhar do outro. Enquanto na instabilidade, a criança tem o olhar do outro o tempo todo, controlando, atuando, na inibição ocorre o contrário uma vez que o olhar se faz presente de forma indireta. A impressão é que a criança carrega este olhar com ela na forma de cuidado e também de dependência. Ela não precisa do controle deste olhar, pois o controle já faz parte dela.
       A proposta de Levin (1995) para uma intervenção é uma clínica psicomotora baseada na transferência, onde o brincar espontâneo tem sua singularidade, uma transferência particular que se instala entre o terapeuta e a criança. Ela transfere para o psicomotricista um brincar que possui uma linguagem significante.
      Para ele, lugares imaginários são determinados nesta transferência de imagens: o lugar em que a criança se coloca e o lugar que ela dá ao terapeuta vão sendo delineados na “fala” da criança. Neste posto de “sujeito suposto saber” em que foi situado, o terapeuta deve olhar, ler e decodificar esta linguagem.
      Torna-se uma situação inédita: ao mesmo tempo real e fictícia, em que paciente e pais supõem que o analista sabe, ele tem o poder de curar, solucionar a doença. É uma relação única em que não há reciprocidade nem simetria, somente a busca da verdade, a verdade do paciente. Toda “fala”, ação, dizer do terapeuta é deste lugar que lhe foi dado pela criança, levando em conta a transferência provocada.
       Quando há uma recomendação do terapeuta ou da clínica, uma transferência prévia já é observada e se faz presente nas primeiras entrevistas, cujo objetivo é explorar os conteúdos obtidos da criança e dos pais. Depois de certo tempo, outro tipo de transferência se faz sentir e se instala, dando início verdadeiramente ao vínculo necessário aos trabalhos.  Constrói-se lentamente, deixando de existir o “sujeito suposto saber” para surgir o outro neste lugar de confiança da criança na capacidade de ouvir, ver, ler o que for produzido nas brincadeiras, nos seus dizeres e ações (LEVIN, 1995).
       A clínica psicomotora de Levin (1995) fala de uma leitura possível, uma interpretação, uma análise do brincar corporal da criança na situação transferencial, pontuando, intervindo, situando simbolicamente este dizer. Caso o terapeuta não o faça, o dizer fica como não dito, perde o valor e lugar e a linguagem deste corpo continua apenas como imagem enganosa. O fundo perturbado ao qual se referia Ajuriaguerra (1983) não é elaborado pela criança e desta forma, mais cedo ou mais tarde, o sintoma retorna igual, de outra forma ou em outro lugar, mas sempre um sinal de que algo existe por trás deste “dizer”.
       Repensar a importância da Psicomotricidade e o trabalho da reeducação psicomotora é tarefa relevante para pais, professores, pedagogos, psicopedagogos e aqueles que de uma forma ou de outra lidam com a criança nesta fase.


Vídeo criado por Neuro Saber